01 agosto 2016

Reflexões pós JMJ Cracóvia 2016


São 19h13, horário da Polônia, estou sentada no chão da Galeria Cracóvia esperando dar o horário do meu ônibus para Berlim. Seria mais um dia para explorar a cidade, mas estou tão cansada e minha mala está tão pesada que decidi ficar aqui.

Depois de 12 dias de viagem, 3 países, 5 cidades, estou cansada e ao mesmo tempo em estado de graça. Me sinto realizada, é muito bom ver que nossos sonhos sairam do papel e se tornaram realidade.

Há 1 ano e meio, eu queria vir para a Jornada Mundial da Juventude na Polônia, mas vi que não conseguiria juntar todo o dinheiro. Então comecei a ver outros meios de vir, até que um dia apareceu um link no meu facebook "Dublin para brasileiros", eu cliquei e vi que o intercâmbio seria possível, e que se eu estivesse na Europa seria mais fácil participar da JMJ.

E assim eu fiz. Laguei emprego, vendi meu carro, deixei tudo pra trás e vim fazer intercâmbio. Eu mudei toda a minha vida para conseguir participar dessa Jornada, e eu consegui.

Ontem a JMJ terminou e hoje meu sentimento é diferente daquele do final da JMJ Rio2013. Naquela época eu era cheia de questionamentos comigo mesma, questões mal resolvidas. Eu vim para Cracóvia completamente diferente: mais confiante, realizada, e porque não dizer, feliz.

Volto para Dublin revigorada e também disposta a mudar, a Jornada me relembrou algumas coisas que se perderam nesse meu primeiro ano de Irlanda, mas que agora quero retomar e fazer diferente.

Em uma das pregações do Papa Francisco ele disse "quem não vive para servir, não serve para viver", e eu lembrei do porquê de eu sempre participar do Movimento de Cursilhos e de que eu não poderia mais ficar parada em Dublin, chegou a hora de levantar a bunda do sofá e fazer a minha parte por aqui também.

No Rio de Janeiro o Papa falava em "jovem evangelizar jovem", "Ide e fazei discípulos entre todas as nações". Estamos evangelizando? Ou melhor, estou evangelizando?

Participar de um evento com 2 milhões de jovens unidos pelo mesmo ideal é fácil, difícil é ser cristão lá fora. Mas, por algum motivo, Ele me chamou para sua obra e continua me chamando. Entao, estou aqui! Pronta pra outra, e que em 2019 eu possa olhar para trás e ver que os frutos dessa JMJ na Polônia foram colhidos. Quem venha JMJ no Panamá, se Deus quiser! :)

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